Na última quinta-feira, dia 3/8, aconteceu o evento de lançamento e debate do livro “A categoria profissional no sistema sindical brasileiro”, da advogada Ana Virgínia Porto de Freitas, na sede da Fundação Ecarta, em Porto Alegre.

O debate se deu com a autora, Ana Virgínia, com o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego, Claudir Nespolo, e tendo sido mediado por Juliane Durão e Emily Teles, advogadas do Escritório Woida, Magnago, Skrebsky, Colla e advogados associados que atuam na coordenação do Fórum Justiça RS.

O livro se propõe a trazer uma reflexão acadêmica sobre a organização dos movimentos sociais dos trabalhadores e também sobre a atualidade do mercado de trabalho, que segundo a autora, se encontra num ponto com novos contornos: desregulamentado, fragmentado e desterritorializado. “Por isso que se não houver reflexões, alterações ou interpretações diversas das que a gente tem hoje do conceito, o modelo sindical vai permanecer o mesmo. Acredito, de acordo com a minha pesquisa, que se não mudar, a crise de representatividade não vai ser alterada”, destacou a autora.

Segundo Juliane Durão, advogada do Escritório Woida, o lançamento do livro é uma proposta do Fórum Justiça “para aproximar a área acadêmica dos movimentos sociais, para que essa espelhe seus anseios”, bem como para que esses movimentos se enriqueçam com conhecimento: “O livro da Ana Virgínia tem a proposta de fazer uma reflexão sobre o sistema sindical atual e sobre possíveis mudanças nessa estrutura, algo a ser pensado pelos sindicatos”, ressaltou Durão. Já para Emily Teles “o direito coletivo é um importante marco democrático que possibilita enfrentar os problemas dos trabalhadores ainda com o contrato em curso”, o que traz a tona a importância da representação coletiva abordar as questões da atualidade “disso, o livro é essencial para pensar a cultura do trabalho e unir os trabalhadores nos sindicatos, a fim de que possam fazer frente aos empregadores na defesa de seus direitos”, finalizou Teles.

O evento fez parte do Ecarta Anfitriã, com apoio do SINPRO/RS, iniciativa da Ecarta que recebe eventos e projetos em sua sede em Porto Alegre, e foi organizado pelo Fórum Justiça RS, que articula integrantes do sistema de justiça, acadêmicos, movimentos sociais e organizações da sociedade civil comprometidas com a construção de uma justiça democrática e inclusiva.